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Antes de mais, raclete (ou rodo), conhecido em inglês como squeegee, é o acessório, no processo de impressão em serigrafia, que ajuda a passagem da tinta para o substracto (através da malha). A raclete é utilizada para transportar a tinta de um lado para o outro em cima da tela de serigrafia. Esta acção, da forma correcta, vai permitir a passagem de tinta na quantidade adequada.
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A raclete é constituída por dois elementos, borracha e suporte.
A borracha é feita de poliuretano e tem uma boa resistência a químicos e abrasão. O suporte tem a função de fixar a borracha, bem como ter um perfil funcional para ser manuseado. Este suporte pode ser de madeira ou metálico.
Em termos de perfil, em ambos os materiais, irás encontrar variações dependendo do fornecedor/fabricante.
Madeira é o material mais comum (e mais barato) e geralmente não permite substituição da borracha. O perfil metálico é um suporte mais caro e mais frio ao toque, menos confortável neste sentido, mas permite a substituição da borracha, por uma série de parafusos.
O suporte de madeira, apesar de a maior parte não permitir substituição da borracha, é perfeitamente adequado para utilizações como a nossa, na oficina.
O suporte metálico (e não a borracha), tem maior durabilidade, pelo simples facto de ser possível substituir a borracha, quando esta se gastar.
As racletes podem ser adquiridas como produto final (suporte+borracha), no entanto é possível comprar a borracha a metro, caso o suporte permita a substituição da borracha, como os perfis metálicos, ou queiras construir a tua própria raclete.
A borracha da raclete tem algumas variações importantes que deves ter conhecimento. Uma delas podes detectar pela cor. As borrachas têm um sistema de cores, permitindo assim uma divisão em termos de classificação de dureza – macia, média e dura. No mercado temos níveis de dureza entre 50 (extra macio) a 90 (extra duro), sempre junto à sigla SH (shore/durometer), no entanto para uma utilização como a nossa, podemos reduzir a classificação entre 60/65sh a 80/85sh:
60/65sh – Dureza macia;
70/75sh – Dureza média;
80/85sh – Dureza dura.
Geralmente, para cada dureza, corresponde uma cor:
60/65sh – Vermelho;
70sh – Amarelo/Laranja;
75sh – Verde;
80/85sh – Azul.
Em principio, a maior parte dos fabricantes utiliza este sistema de cores (com algumas variações), no entanto podem haver alterações, por isso deverás sempre verificar o nível de dureza, em vez de escolher pela cor.
Na prática, o que significam estas durezas? De forma simples, podemos separar as durezas da seguinte maneira:
Quanto mais macia — maior passagem/depósito de tinta;
Quanto mais dura — menor passagem/depósito de tinta.
Por exemplo, podemos usar racletes macias/médias para estampar tecido, pois vai permitir maior passagem de tinta para o substrato, que por sua vez absorve muita tinta. Se o suporte não absorve tinta, podemos optar por uma raclete dura, para evitar excesso de tinta.
Esta escolha também poderá estar relacionada com o número de fios (da tela de serigrafia) que utilizamos em determinado projecto. Se utilizarmos uma tela muito fechada (120T), significa que estamos a trabalhar com um desenho com detalhes muito finos, portanto podemos escolher uma raclete dura, igual ou maior que 80sh, para evitar depósitos maiores de tinta.
No entanto, no processo de serigrafia, o importante é fazermos sempre testes e procurarmos as melhores soluções adequadas ao projecto que estamos a trabalhar. Mas também as soluções que melhor se adequam à nossa forma de trabalhar. Assim verás que, apesar de haver alguns ensinamentos teóricos, na prática nem sempre é igual para todos, mas com a experiência adquirida estas escolhas tornam-se naturais.
Na FICA Oficina Criativa utilizamos duas durezas — 70sh e 80sh, amarelo/laranja e azul respectivamente — mas ainda é possível avistarem também 65sh (vermelho) e 75sh (verde). Assumimos a de 70sh como macia e a 80sh como dura e vamos utilizando cada uma, dependendo das características de cada projecto.
Também existem, para utilizações mais intensivas ou máquinas, borrachas com 2 ou 3 tipos de dureza/cor (por exemplo, 75sh / 90sh / 75sh — vermelho / branco / vermelho), cujo centro é extra duro com o intuito de oferecer maior estabilidade.
Sim, existem diversos perfis de borracha. Mais do que julgamos, quando entramos no mundo da serigrafia.
Quando nos referimos ao perfil da borracha, falamos da ponta ou borda da borracha, a extremidade que estará em contacto com a tinta e malha da tela de serigrafia. O perfil mais comum, e que irás encontrar em todo o lado, é o perfil quadrado/recto. E avisamos já, será suficiente para uma utilização regular, tanto para papel, tecido ou outras superficies menos absorventes.
De seguida, para além do perfil quadrado (P0), apresentamos alguns dos perfis standard que são fabricados:
Tal como indicado anteriormente, o perfil quadrado será adequado para a maior parte dos utilizadores a quem nos dirigimos, com uma utilização regular para impressão de obra gráfica e estampagem de tecido. Parte destes perfis, são específicos para utilizações em máquinas industriais. Os perfis P3 e P4, podem ser utilizados para estampar, quando necessitamos de maiores depósitos de tinta, isto é, maior passagem de tinta, através da tela de serigrafia, para o substrato (neste caso tecido). Enquanto os perfis P5 e P6, são adequados para máquinas automáticas de alta velocidade e para impressão de alta definição em superficies redondas.
Estes perfis podem ser verificados em alguns fabricantes de borracha para serigrafia, como a Serilor da Fimor e a Seritec da Tecno, ambos produzidos na Europa.
A raclete com 70SH, é considerada de dureza média e é a mais versátil que existe. Caso compres apenas uma raclete, e queiras utilizar para vários fins, deves comprar uma de 70SH. Se procuras racletes para projectos específicos, deves utilizar maior dureza para trabalhos muito detalhados ou substratos que não absorvem e menor dureza caso pretendas maior depósito de tinta.
60SH — Para substratos que absorvem muita tinta e, por exemplo, com fundos escuros. Utilização de tintas especiais, como a puff e glitter. Desenhos menos detalhados.
70SH — Raclete standard. Muito versátil, funciona para a maior parte dos trabalhos em papel e tecido.
80SH — Menor depósito de tinta, ideal para substratos que não absorvem tinta. Desenhos muito detalhados.
Antes de comprares material novo, primeiro experimenta com os teus acessórios, mesmo que, teoricamente, não seja o mais adequado. Se tiveres apenas uma raclete de 70SH, para um projecto com detalhes finos, em papel, deves aumentar o ângulo da raclete, para criar um depósito de tinta menor. Em sentido contrário, uma raclete de 80SH, para estampar tecido, deves diminuir o ângulo, para criar um depósito de tinta maior.
Para além do tipo de dureza, é necessário ter em conta a dimensão da área de impressão. Aconselhamos que o comprimento da raclete seja superior à largura da área de impressão. Pelo menos 3 centímetros para cada lado.
Quando possível, escolhe sempre a orientação de impressão que resulte na largura mais curta. A intenção é evitar o manuseamento de racletes muito grandes, que podem ser menos confortáveis de utilizar. Certamente haverá situações que, facilmente, verás que não fazem sentido, por isso terás de usar o senso comum para avaliar.
Depende de vários factores, como a sua utilização e manutenção. No entanto, quando verificares que a raclete não está completamente recta ou alinhada, é quando poderá começar a dar alguns problemas no acto da impressão.
Podes verificar o alinhamento da borracha de uma forma simples, colocando a raclete com a extremidade da borracha numa superfície plana e verificar se toda o comprimento da borracha está em contacto com a superfície. Não significa que deixa de funcionar, mas pode criar algumas barreiras. Borrachas mais macias, devido à pressão exercida e consequente curvatura, poderá minimizar os problemas, mas borrachas mais duras será mais complicado. Como o comprimento total da raclete não toca na tela igualmente, vai deslizar sobre a tinta e deixar um depósito irregular de tinta.
É ainda possível fazer uma manutenção intensiva, como polir ou lixar a borracha, utilizando ferramentas próprias que os fabricantes de borracha também possuem.
Excepto quando mencionado, a maior parte das borrachas é adequada para todo o tipo de tintas (base de água, plastisol, etc). Também são resistentes a químicos e abrasão, no entanto o seu uso terá de ser efectuado com reserva. Geralmente, com tintas à base de água, o uso de uma esponja e água corrente será suficiente. Será aconselhável, quando necessário, a lavagem com um detergente regular. O importante é que a tinta seja removida logo após a sua utilização.
Deve ser armazenada direita, em ambiente seco e à temperatura ambiente. É aconselhável que, após utilização, deva ser guardada 1 a 2 dias, até nova utilização.
Há quem utilize a raclete para emulsionar telas de serigrafia, no entanto não somos apologistas dessa utilização. A emulsão deve ser colocada uniformemente na malha, e por experiência própria, o melhor resultado é obtido com um acessório próprio, a rasoeira. Isto porque, pela sua composição – perfil e tampas – tem características próprias para a aplicação da emulsão. O perfil funciona como um depósito e as tampas, com ângulos específicos, permitem encostar e ajustar à tensão da malha, de forma a que a emulsão seja aplicada com a quantidade adequada e uniformemente. Algumas rasoeiras, tal como as que vendemos, possuem dois tipos de perfil, um mais fino e outro mais grosso, para aplicar a emulsão uniformemente com espessuras diferentes.
A raclete, ou rodo, resulta como uma peça essencial na serigrafia, desempenhando um papel central no processo de impressão ao facilitar a transferência precisa de tinta para o substrato, através da malha.
Composta por borracha e suporte, a escolha da dureza (cor) da borracha influencia a quantidade de tinta transferida.
Este artigo fornece orientações, sobre escolha e manutenção, no entanto destacamos sempre a importância na realização de testes práticos.
Constituída por dois elementos – borracha e suporte – a raclete oferece uma versatilidade ao ser utilizada para transportar a tinta de um lado para o outro sobre a tela de serigrafia. O suporte, podendo ser de madeira ou metal, desempenha o papel de fixar a borracha e proporcionar um perfil funcional para a manipulação. Embora o suporte de madeira seja comum devido ao seu custo acessível, o suporte metálico oferece a vantagem de permitir a substituição da borracha, proporcionando também maior durabilidade.
A característica crucial da raclete é a borracha, fabricada em poliuretano, que apresenta diferentes níveis de dureza e cores. A escolha da dureza da borracha é determinante para o tipo de projeto, variando entre macia, média e dura. Essas variações influenciam directamente a quantidade de tinta transferida para o substrato. A cor da borracha serve como um indicador visual da sua dureza, podendo variar de fabricante para fabricante, embora haja consenso entre a maioria.
Desta forma, a escolha da dureza e cor da raclete é importante, sendo a macia mais adequada para projetos que necessitem maior passagem de tinta, enquanto a dura é preferível para evitar excessos, especialmente em substratos que não absorvem bem a tinta.
Neste artigo também exploramos diversos perfis de borracha e a sua relevância na aplicação da tinta. São apresentados diferentes perfis standard, como o quadrado/recto, entre outros, cada um adequado a necessidades de impressão.
Enquanto o perfil quadrado é amplamente utilizado em situações regulares, os perfis P3 e P4 são indicados para projectos que exigem maior depósito de tinta, e os P5 e P6 são destinados a máquinas automáticas de alta velocidade e para impressão de alta definição em superficies redondas.
Em conclusão, destacamos a raclete de 70SH como uma opção versátil e padrão, enquanto a de 80SH é ideal para substratos que não absorvem bem a tinta e projetos muito detalhados.
Relativamente a manutenção, deve ser armazenada direita, em ambiente seco e à temperatura ambiente. É aconselhável que, após utilização, deva ser guardada 1 a 2 dias, até nova utilização, para restabelecer a forma inicial.
O importante é fazermos sempre testes e procurarmos as melhores soluções adequadas ao projecto que estamos a trabalhar. Assim verás que, apesar de haver alguns ensinamentos teóricos, na prática nem sempre é igual para todos, mas com a experiência adquirida estas escolhas tornam-se naturais.
Vendemos racletes, com base em madeira, com duas durezas diferentes, 70SH e 80SH. O custo da raclete varia dependendo do tamanho e da dureza.
Na FICA Oficina Criativa, para além de vendermos telas de serigrafia, fazemos serviço de exposição/gravação. Os preços das telas variam consoante o tamanho e o número de fios